Com os avanços na tecnologia, a forma como as companhias aéreas gerenciam seus produtos, serviços e operações está mudando muito rapidamente. Essa aceleração de inovação, combinada com as inerentes complexidades do mercado de companhias aéreas e a alta expectativas dos consumidores, tem criado uma excelente oportunidade para as empresas startups.
Os avanços tecnológicos permitirão que a indústria da aviação se modernize radicalmente nessa próxima década. Quando as novas tecnologias como inteligência artificial (IA), robótica, blockchain e outras inovações dominarem o cotidiano em volta dos aeroportos; nós estaremos testemunhando uma mudança brusca na infraestrutura que irá criar uma nova cultura na gestão de aeroportos. E essa ideia de um ecossistema de viagens fatalmente será adotada pela maioria dos viajantes. Companhias aéreas irão adotar essas novas tecnologias em relação aos voos e a gestão de bagagens. Viajantes irão deixar de carregar bagagens pesadas, que serão transportadas por empresas startups terceirizadas pelas companhias aéreas.
Diversos tipos de serviços podem ser criados e fornecidos para as companhias aéreas e dentre os serviços que podem ser fornecidos inclui o transporte, a hospedagem e a alimentação dos clientes, transporte de bagagens desde a casa do cliente até o destino final, aluguel de carros a partir do aeroporto, fornecimento de veículos elétricos que serão utilizados pelos funcionários do aeroporto dentro da área do parklet, gerar parcerias entre as companhias aéreas e os duty free dos aeroportos proporcionando a venda dos produtos aos clientes por meio de aplicativos de celular, robôs manobristas dentro do estacionamento do aeroporto como o propiciado pela startup Stanley Robotics no aeroporto francês de Lyon-Saint-Exupéry, projetos e inovações em TI para as companhias aéreas como a startup Gol Labs que trabalha para a Gol Linhas Aéreas, cafeterias totalmente automatizadas como a da startup Briggo Coffe que começou suas operações no aeroporto Internacional de São Francisco e academias como a startup Roam Fitness que iniciou seus serviços no Aeroporto Internacional de Baltimore-Washington.
Também podemos citar startups blockchain que possam oferecer serviços de automatização e compartilhamento de dados dos passageiros para as companhas aéreas de forma segura de forma a agilizar o atendimento e reduzir as verificações manuais de documentos. Um exemplo desse tipo de startup é a londrina Zamna, que oferece esse serviço para diversos governos, companhias aéreas e passageiros.
Como podemos ver, é um mercado que tem muito a crescer e a maturação desse ecossistema será inevitável devido ao grau de importância da eventual presença de um aeroporto na região do Grande ABC Paulista. E existem muitos investidores dispostos a dar all-in nesse tipo de negócio, desde incubadoras até grandes fundos de Venture Capital.